Universidade Federal de Sergipe - CAMPUSLAR

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Engenho Grutão, um pedaço da história de Riachão do Dantas está se perdendo

Riachão do Dantas, centro sul de Sergipe, uma cidade centenária que tem pouco esmalte histórico devido a ignorância do seu povo e a arrogância dos seus governantes, está perdendo parte de sua história: uma Casa Grande do final do século XVIII no antigo Engenho do Grutão.

Essa construção traz consigo traços de dois períodos políticos (Brasil Colônia e Brasil Império) e de um período econômico (Açucareiro), momentos em que Riachão ainda não existia; por isso é comum dizer: "Antes de Riachão nascer, o Engenho do Grutão já existia."

E agora esse patrimônio que poucos riachãoenses desejam preservar está se destruíndo graças a ação do tempo e a falta de informação da viúva do propietário. Na frente de suas terras, estão assentados "agricultores" do MST que pretendem se apossar das terras e depois destruir a velharia como eles chamam a casa grande, e pessoas tendem a achar essa situação maravilhosa, ou seja, falta de instrução, educação e moral de muita gente.

E não é só isso, com tantos personagens dignos de uma escultura, de ter escolas batizadas com seu nome, Riachão reverencia a quem? nada mais, nada menos que ao insólito e falecido Bode Bito que tem até uma festa dedicada a ele. Com tantos personagens ilustres (Lourival Fontes, Ibarê Dantas, Francisco Dantas, Terezinha Oliva, João Oliva, Horácio Goes, Creuza Goes, Mirena Goes, Professor Renilton Nascimento entre outros) os riachãoenses se curvam a um caprino, Por Dios, será que ninguém percebe? essa situação é de se jogar no Trono e ranger os dentes.

Ainda, me vai um indivíduo dar uma entrevista na TV Sergipe, falando da "Cultura de Riachão" pelo amor da Virgem do Amparo que cultura Riachão tem? que até a festa da própria Padroeira que tem mais de 150 anos está acabando com o passar dos anos, e pelo andar da carruagem vão querer até mudar de padroeira para uma "Santa" não canonizada. Que situação!!

Enquanto tentam falar de cultura, um monumento de extrema importância que pode fazer parte da extinta "Cultura Riachãoenese" está se desfazendo em pedaços, onde está o IPHAN quando precisamos?